Diga a mãe que eu cheguei
Os caminhos estão abertos para Mariene de Castro...tá chegando até nós, eu tô é sentindo o cheiro de Bahia no ar. O aroma precioso dessa arrebatadora mulher, a mais que linda e reluzente Mariene que irradia o afro. E vem muito bem recomendada por Marcelo Cerqueira. A indicação dele é uma ordem. Se ele disse que é bom então corra pra loja....a danada da Mariene vai bombar...vai detonar....vai sacudir e abalar! Veja mais de Mariene por Marcelo Cerqueira:
Diga a mãe que eu cheguei
A cultura popular pede passagem em "Abre Caminhos", CD de estréia de Mariene de Castro, consagrado a baianidade. Cheguei, tô chegada. Chegou Mariene de Castro com o seu mais novo trabalho, Abre Caminhos, um disco de estréia que já mostra que a cantora pisou firme e já sabe os caminhos onde andar.Chegou muito bem chegada, sem sobra de duvida, previsível porque já era de se esperar vindo de uma artista séria e comprometida como ela. Chegou para ficar e para se firmar com sua voz fantástica e a presença cênica mais impressionante dos últimos anos no gênero musical. O disco Abre Caminhos é o resultado de intensa pesquisa musical da nossa cultura popular, das canções do sertão, do recôncavo, dos santos, dos caboclos ganhador do Prêmio Braskem de Cultura e Arte. Mariene de Castro nesse trabalho mostra ser uma cantora versátil inova, cria e recria sem se perder ou se distanciar de suas raízes culturais e étnicas cantando tudo que de maravilhoso essa cultura sertaneja produziu.
Esta jovem cantora é a mistura de tantas outras mulheres impressionantes como a saudosa Clara Nunes e a implacável Maria Bethânia, mas no eu estilo Mariene é única é uma deusa é intensa é poderosa e traduz a baianidade como poucos conseguem, onde ela vai leva consigo a Bahia na roda de sua saia branca, leva a nossa rica cultura popular do samba da chula e do recôncavo baiano, se ela não fosse daqui não seria de lugar algum, mas essa mulher é água de cachoeira e ninguém pode lhe amarrar, então, sua música é para o mundo e para alimentar a alma.
As apresentações da cantora são marcadas por inconfundível beleza plástica. Ela faz questão de passar tudo, o repertório catado a dedo, a preocupação com o gestual de cena, a sutileza das quatinhas com água de cheio, os pés descalços, aqueles truques dos sambitas tarimbados, a escolha dos convidados a dividirem o palco com ela. Uma cantora implacável que quem vê atuando nunca mais esquece. Ah! Mas o CD é divino, um resgate de tantas raridades musicais.
Canções conhecidas como Poema para uma Tribo, em memória do saudoso Apaches do Tororó, Ilha de Maré e Planeta Água. Ao todo são dezessete canções que na voz de Mariene ganharam novos significados e arranjos diferentes com a participação de muitos convidados como o Grupo Baguncaço, Luiz Caldas, Coisas da Pele, Bule Bule, as trombetas inconfundíveis do Afoxé Filhos de Ghandy e claro que não poderia faltar Dona Edite do Prato e as Vozes da Purificação um coral de animadíssimas senhoras cantadeiras de ladainhas de Nossa Senhora. A produção e direção artística são assinadas em co-autoria com J. Veloso, sem dúvida um disco que não pode faltar em sua discoteca.
Confira a capa do cd e mais fotos da Mariene:
Fotos: Mariene de Castro - Fotolog