GAYS NEGROS HOMENAGEIAM MINISTRO GILBERTO GIL
Como é a vida e quais os problemas que enfrentam os homossexuais afro-descendentes no Brasil? Quais as principais bandeiras dos gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais (GLTB) pertencentes aos 16 grupos homossexuais afro-brasileiros? Por que a homenagem a Gilberto Gil nesta 4ª feira, 10/8, às 16hs, no Ministério da Cultura?
Estas são algumas das questões discutidas no Boletim do Quimbanda-Dudu, que o Grupo Gay Negro da Bahia lança oficialmente nesta 4ª feira, em Brasília, por ocasião da entrega solene do Relatório do Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB ao ministro Gil, como prestação de contas de uma ano de atividades da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
Segundo o Boletim do Quimbanda-Dudu (n.6, agosto de 2005), existem atualmente 16 grupos GLTB no Brasil, o mais antigo, o Grupo Gay Negro da Bahia, fundado em 1995, por ocasião do Tri-Centenário da morte de Zumbi dos Palmares. Alguns grupos têm nomes africanos, como o próprio Quimbanda-Dudu de Salvador, Dudu-Adé, Obirim Odara, Oxumaré, Filhos do Axé, funcionando em oito estados: Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiás, Pernambuco, Minas Gerais. A finalidade principal destes grupos é lutar contra a homofobia dentro da comunidade negra e contra o racismo entre os homossexuais. Também denuncia a violência contra os homossexuais negros: 70% dos gays, travestis e lésbicas assassinados no Brasil são afro-descendentes. . Outro objetivo destes grupos é resgatar a história dos homossexuais afro-brasileiros e neste numero do Boletim Quimbanda-Dudu estão arrolados os nomes e pequena biografia de 76 “vips” GLTB negros e mestiços, entre vivos e já falecidos, começando pelos “precursores”, como Francisco Manicongo, “o primeiro travesti do Brasil” (Bahia, 1591), incluindo artistas, escritores e intelectuais, como João do Rio, Mario de Andrade, Madame Satã, Mario Gusmão, Vera Verão, Pérola Negra, Lilico, Agnaldo Timóteo, Aleci Brandão, Emilio Santiago, além de chefes religiosos, como Joãozinho da Goméia e Manuel Bernardino do Terreiro Bate Folha de Salvador.
Nesta 4ª feira o Ministro Gilberto Gil é homenageado como “o mais destacado afro-brasileiro simpatizante da libertação homossexual”. Segundo o antropólogo Luiz Mott, Editor do Boletim Quimbanda-Dudu, “Gil é o simpatizante que por mais tempo, desde 1972, mais ousou defender e colaborou com a liberação homossexual no Brasil, seja através de suas músicas, como O Super Homem, O Veado, Quando eu beijar outro homem, seja por suas postura e roupas andróginas, ou ainda por declarações francamente favoráveis ao respeito dos homossexuais e mais recentemente, como Ministro da Cultura, apoiando a criação de Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.” Quando eleito vereador de Salvador, depois de trocar beijo na boca com Caetano Veloso na escadaria da Prefeitura, declarou: “Acho ideologicamente que a bissexualidade seria o ideal. Mas tenho minhas deficiências psicossomáticas, não gosto de homens. Não pude me tornar um viado viável... Marcharei com os homossexuais para garantir-lhes o espaço que merecem na sociedade. Não aceito a pecha de ser homossexual, mas carrego o penacho!” Há dois anos o Ministério da Cultura vem colaborando financeiramente com a realização das paradas Gays de norte a sul do país. Apesar das críticas dos setores mais machistas, não há como negar que parada gay também é cultura e estas gigantescas manifestações de visibilidade massiva, que levam cada ano milhões de glt às ruas, se encaixam perfeitamente no perfil do Ministério de Gilberto Gil ao criar o Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Gay é cultura e cidadania!
Para maiores informações: [71] 9128.9993
Estas são algumas das questões discutidas no Boletim do Quimbanda-Dudu, que o Grupo Gay Negro da Bahia lança oficialmente nesta 4ª feira, em Brasília, por ocasião da entrega solene do Relatório do Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB ao ministro Gil, como prestação de contas de uma ano de atividades da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
Segundo o Boletim do Quimbanda-Dudu (n.6, agosto de 2005), existem atualmente 16 grupos GLTB no Brasil, o mais antigo, o Grupo Gay Negro da Bahia, fundado em 1995, por ocasião do Tri-Centenário da morte de Zumbi dos Palmares. Alguns grupos têm nomes africanos, como o próprio Quimbanda-Dudu de Salvador, Dudu-Adé, Obirim Odara, Oxumaré, Filhos do Axé, funcionando em oito estados: Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiás, Pernambuco, Minas Gerais. A finalidade principal destes grupos é lutar contra a homofobia dentro da comunidade negra e contra o racismo entre os homossexuais. Também denuncia a violência contra os homossexuais negros: 70% dos gays, travestis e lésbicas assassinados no Brasil são afro-descendentes. . Outro objetivo destes grupos é resgatar a história dos homossexuais afro-brasileiros e neste numero do Boletim Quimbanda-Dudu estão arrolados os nomes e pequena biografia de 76 “vips” GLTB negros e mestiços, entre vivos e já falecidos, começando pelos “precursores”, como Francisco Manicongo, “o primeiro travesti do Brasil” (Bahia, 1591), incluindo artistas, escritores e intelectuais, como João do Rio, Mario de Andrade, Madame Satã, Mario Gusmão, Vera Verão, Pérola Negra, Lilico, Agnaldo Timóteo, Aleci Brandão, Emilio Santiago, além de chefes religiosos, como Joãozinho da Goméia e Manuel Bernardino do Terreiro Bate Folha de Salvador.
Nesta 4ª feira o Ministro Gilberto Gil é homenageado como “o mais destacado afro-brasileiro simpatizante da libertação homossexual”. Segundo o antropólogo Luiz Mott, Editor do Boletim Quimbanda-Dudu, “Gil é o simpatizante que por mais tempo, desde 1972, mais ousou defender e colaborou com a liberação homossexual no Brasil, seja através de suas músicas, como O Super Homem, O Veado, Quando eu beijar outro homem, seja por suas postura e roupas andróginas, ou ainda por declarações francamente favoráveis ao respeito dos homossexuais e mais recentemente, como Ministro da Cultura, apoiando a criação de Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.” Quando eleito vereador de Salvador, depois de trocar beijo na boca com Caetano Veloso na escadaria da Prefeitura, declarou: “Acho ideologicamente que a bissexualidade seria o ideal. Mas tenho minhas deficiências psicossomáticas, não gosto de homens. Não pude me tornar um viado viável... Marcharei com os homossexuais para garantir-lhes o espaço que merecem na sociedade. Não aceito a pecha de ser homossexual, mas carrego o penacho!” Há dois anos o Ministério da Cultura vem colaborando financeiramente com a realização das paradas Gays de norte a sul do país. Apesar das críticas dos setores mais machistas, não há como negar que parada gay também é cultura e estas gigantescas manifestações de visibilidade massiva, que levam cada ano milhões de glt às ruas, se encaixam perfeitamente no perfil do Ministério de Gilberto Gil ao criar o Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Gay é cultura e cidadania!
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